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DKW - DAMPF KRAFT WAGEN

Fundação: 1916 -  Zschopau - Alemanha

Fundador:  Jorgen Skafte Rasmussen

Último proprietário: Audi AG - Encerrada em 1969

Última sede: Ingolstadt, Alemanha

Site: Não disponível

 

A DKW - Dampf-Kraft-Wagen, ou “carro movido a vapor” foi uma marca alemã de carros e motos, fundada em 1916, pelo engenheiro dinamarquês Jorgen Skafte Rasmussen, na cidade de Zschopau, na Alemanha, com objetivo de produzir acessórios para veículos a vapor. Naquele ano, ele tentou produzir um carro movido a vapor, chamado DKW, mas não obteve sucesso. Em 1919, ele fabricou um motor de dois tempos para carrinhos de brinquedo que chamou de “Des Knaben Wunsch” ou "o desejo do menino".

 

Pouco tempo depois, Jorgen, colocou uma versão modificada desse motor em uma motocicleta e a chamou, “Das Kleine Wunder” ou "a pequena maravilha". No final da década de 1920, a DKW era a maior fabricante de motocicletas do mundo. Em setembro de 1924, a DKW comprou a também fabricante de automóveis, alemã Slaby-Beringer. Rudolf Slaby, fundador da empresa recém adquirida, tornou-se designer e engenheiro chefe da DKW, sendo seu primeiro trabalho o DKW Type P, lançado em 07 de maio de 1928.

 

Em 1931 e 1932, os DKW F1 e DKW F2, respectivamente, foram os primeiros carros de produção na Europa, equipados com tração dianteira. Eles tinham motores de dois tempos montados transversalmente, com 584 ou 692cc. A potência máxima era de 15cv, passando posteriormente para 18 e 20cv. Esses modelos tinham um gerador que funcionava como motor de partida, montado diretamente no virabrequim, que era conhecido como Dynastart.

Entre 1929 e 1940, a DKW produziu uma série de carros de tração traseira, chamados de Schwebeklasse e Sonderklasse, com motores V4 de dois tempos com 1000cc e 1100cc. Os motores tinham dois cilindros extras para indução forçada, de modo que pareciam motores V6, mas sem velas de ignição nos cilindros dianteiros. Entre 1931 e 1942, aproximadamente 218.000 DKWs foram produzidos, a maioria vendida na própria Alemanha. 85% desses veículos eram da série F.

Em 1932, a DKW se fundiu com as empresas Horch, Wanderer e Audi, para formar a Auto Union. Após a Segunda Guerra Mundial, a DKW mudou-se de Zschopau para a Alemanha Ocidental, com a fábrica original se tornando MZ - Motorrad- und Zweiradwerk, também de propriedade de Rasmussen. A Auto Union ficou sob controle da Daimler-Benz em 1957 e foi comprada pelo Grupo Volkswagen em 1964.

 

Em 1939, a DKW fez protótipo DKW F9, com motor de três cilindros e 900cc, que produziam 34cv. Sua aerodinâmica peculiar permitia que chegasse a 115 km/h. O primeiro veículo com base no F9 esteve em produção entre 1953 e 1955 como DKW 3=6 ou DKW F91. Ele foi substituído pelo DKW F93, entre 1956 e 1959 e depois pelo Auto-Union 1000. A partir de 1957, o F93 podiam ser equipados com embreagem automática Saxomat. Ele era o único carro de pequeno porte que oferecia esse recurso.

 

Em 1956, o DKW Monza foi colocado em produção de pequena escala, com um corpo esportivo de dois lugares em fibra de vidro e construído sob a estrutura do F93. Ele foi chamado inicialmente de DKW Solitude, mas foi rebatizado após estabelecer o recorde de velocidade no Autodromo Nazionale Monza, na Itália, onde correu por 48 horas a uma velocidade média de 141km/h em novembro de 1956. Sua produção foi limitada e apenas 230 deles saíram da fábrica da DKW, até 1958 quando sua produção foi encerrada.

Uma nova série de automóveis baseada nos conceitos modernos do final dos anos 1950, foi lançada em 1959. A gama consiste em DKW Junior de 1959 a 1961, DKW Junior de Luxe de 1961 a 1963, DKW F11, que era um pouco maior que o Junior e DKW F12, com motor maior que o F11 de 1963 a 1965 e o DKW F12 Roadster de 1964 a 1965. A série tornou-se bastante popular e muitos carros foram produzidos. Uma fábrica de montagem foi licenciada na Irlanda, entre 1952 e 1964 e cerca de 4.000 veículos foram montados por lá.

 

Muitos dos carros de três cilindros e dois tempos do pós-guerra tiveram muitas vitórias em rali entre os anos 1950 e início dos anos 1960. Isso fez da DKW a marca de carros mais vencedora na liga de rally europeia durante esse período. Com base nesse sucesso, em 1960, a DKW desenvolveu um motor V6 combinando dois motores de dois tempos e três cilindros, com capacidade de 1000cc. A capacidade foi aumentada e em 1966 o motor tinha capacidade de 1300cc e 83hp. O V6 foi planejado para ser usado no DKW Munga e no DKW F102.

O último DKW foi o DKW F102, entrando em produção em 1964. O carro não atingiu o sucesso imaginado em grande parte devido ao seu motor ultrapassado de dois tempos, que já havia sido melhorado pelos concorrentes. Como solução, o motor foi re-projetado para quatro tempos e relançado sob a marca Audi. A transição para motores de quatro tempos marcou o fim da marca DKW para e o renascimento do nome Audi.

 

Veículos com o emblema DKW, continuaram a ser construídos sob licença no Brasil e na Argentina até o final dos anos 1960. A marca DKW é atualmente propriedade da Auto Union GmbH, uma subsidiária da Audi AG, que também detém os direitos de outras marcas históricas e a propriedade intelectual da Auto Union.

 

 

DKW-Vemag no Brasil

 

De 1956 a 1967, os carros da DKW foram fabricados no Brasil pela Vemag - Veículos e Máquinas Agrícolas S.A. A produção iniciou com o sedan DKW F91, batizado de DKW Belcar, e o utilitário DKW F94, que aqui foi chamado de DKW Vemaguet. A empresa também produziu um cupê de luxo, o DKW Fissore e o DKW Munga, que localmente passou a ser o DKW Candango.

A Vemag teve uma equipe de corrida de sucesso, com o cupê GT Malzoni, com corpo de fibra de vidro. Este projeto foi a base da duradoura marca esportiva brasileira Puma. A linha F94 brasileira foi aprimorada com várias mudanças cosméticas e tornou-se cada vez mais diferente dos modelos alemão e argentino. Porém, a Vemag se descapitalizou e não pode mais investir em novos produtos. Em 1964-1965, a Volkswagen gradualmente assumiu a Auto Union, um acionista da Vemag, e em 1967 ela comprou o restante das ações. Rapidamente a VW começou a eliminar a produção da DKW e introduziu o sedan Volkswagen 1600 na antiga fábrica da Vemag.

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