
Fundadores: Rino Malzoni, Mário C. Camargo Filho, Jorge Lettry, Anísio Campos e Milton Masteguin
Local: São Paulo, SP, Brasil
Data: 21 de setembro de 1963
Nome na fundação: Puma Veículos e Motores Ltda
Sede atual: Curitiba, Paraná, Brasil.
Nome atual: Puma Automóveis.
Atividade da empresa: Fabricante de tratores e outros equipamentos.
Proprietário atual: Alexandre Gromow.
Website: https://pumaautomoveis.com.br/
Históra da Puma
A história da Puma começa em 1963, quando a empresa foi fundada em São Paulo, Brasil, por Rino Malzoni, Mário César de Camargo Filho, Jorge Lettry, Anísio Campos e Milton Masteguin. Inicialmente, a Puma se dedicava à produção de carros esportivos baseados em plataformas DKW, com o primeiro modelo sendo o GT Malzoni, um carro de competição que rapidamente se destacou nas pistas brasileiras. A combinação de design arrojado e desempenho competitivo ajudou a Puma a construir uma reputação sólida no mercado automotivo nacional.
Nos anos 70, a Puma começou a utilizar chassis Volkswagen, o que ampliou seu alcance e viabilidade comercial. O Puma GT, lançado em 1967, tornou-se um ícone de esportividade e estilo. Este modelo utilizava a mecânica do Volkswagen Fusca, mas com uma carroceria leve de fibra de vidro e um design elegante. A aceitação foi imediata, e a Puma começou a exportar seus carros para diversos países, incluindo os Estados Unidos e a Europa, tornando-se uma das poucas fabricantes brasileiras a alcançar sucesso internacional.
A década de 70 foi marcada por grande sucesso e expansão. Modelos como o Puma GTE e o Puma GTS solidificaram a marca no mercado. Em 1973, a Puma introduziu o GTB, um carro com motor de seis cilindros da Chevrolet, que se destacou pelo seu desempenho robusto e foi apelidado de "muscle car brasileiro". Este período foi também de intensa participação no automobilismo, com vitórias importantes que reforçaram a imagem esportiva da marca.
Porém, a década de 80 trouxe desafios significativos. A crise econômica no Brasil e mudanças na legislação de emissão de poluentes afetaram a produção e as vendas. Além disso, a concorrência com marcas internacionais que entravam no mercado brasileiro tornou-se mais intensa. A Puma enfrentou dificuldades financeiras, e, em 1985, a empresa foi adquirida pela Araucária S/A, em uma tentativa de reverter a situação. No entanto, os problemas persistiram, e a produção foi gradualmente reduzida.
Nos anos 90, a Puma lutou para se manter relevante. A falta de inovação em design e a redução do mercado consumidor de carros esportivos agravaram a situação. Em 1997, a Puma encerrou suas atividades, marcando o fim de uma era para a indústria automotiva brasileira. Contudo, a marca nunca foi esquecida por seus fãs e entusiastas, que mantiveram viva a memória e a paixão pelos carros Puma.
A partir dos anos 2000, houve várias tentativas de reviver a marca. Em 2006, a marca foi comprada por um grupo de investidores liderado por Alexandre Gromow, que viu potencial em ressuscitar a Puma. A produção de modelos clássicos foi retomada em pequenas quantidades, com foco em atender o mercado de colecionadores e entusiastas. Essa nova fase buscou preservar a herança da Puma, combinando o design clássico com tecnologias modernas.
Recentemente, a Puma tem se concentrado em projetos inovadores, incluindo o desenvolvimento de carros esportivos elétricos. A empresa também está explorando parcerias com empresas de tecnologia para a criação de veículos autônomos. A sede da Puma atualmente está localizada em Curitiba, Paraná, Brasil, onde continua a desenvolver novos modelos e expandir sua presença no mercado internacional.
O legado da Puma no automobilismo brasileiro é notável. A marca conquistou diversos campeonatos e se tornou sinônimo de desempenho e estilo nas pistas e nas ruas. Entre suas vitórias mais importantes estão conquistas em competições como as 1000 Milhas Brasileiras e o Campeonato Brasileiro de Turismo. Esses sucessos ajudaram a construir a reputação da Puma como uma fabricante de carros esportivos de alta performance.
A história da Puma é marcada por altos e baixos, mas sua resiliência e a paixão de seus fundadores e entusiastas garantiram que a marca continuasse a ser lembrada e valorizada. Desde suas origens humildes até os desafios econômicos e renascimentos subsequentes, a Puma exemplifica o espírito de inovação e dedicação da indústria automotiva brasileira.
Hoje, a Puma continua a explorar novos horizontes, com um foco renovado em tecnologia e sustentabilidade. Os projetos futuros incluem o desenvolvimento de uma linha de carros esportivos elétricos e híbridos, além de uma plataforma modular para veículos, visando expandir sua oferta e manter-se relevante no competitivo mercado automotivo global. A história da Puma é um testemunho de perseverança e paixão pela excelência automotiva.
Nomes relevantes para a construção e evolução da Puma
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Genaro "Rino" Malzoni: Designer do primeiro Puma.
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Bob Sharp: Piloto e engenheiro, contribuiu para o sucesso esportivo da marca.
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Joaquim Marinho: Designer, contribuiu para a evolução do design dos carros Puma.
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Jan Balder: Piloto e engenheiro, colaborou no desenvolvimento técnico dos carros de corrida.
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Luiz Antônio Greco: Engenheiro e piloto, desempenhou um papel significativo na divulgação da marca através do automobilismo.
Empresas que adquiriram a marca durante sua história
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Araucária S/A comprou a marca em 1985.
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Ford Motor Company Brasil teve um breve envolvimento com a marca no final dos anos 70 e início dos 80.
Automóveis mais importantes para a Puma
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Puma GT: Produzido de 1964 a 1970, aproximadamente 1.700 unidades.
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Puma GTE: Produzido de 1970 a 1975, aproximadamente 6.700 unidades.
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Puma GTS: Produzido de 1973 a 1980, aproximadamente 2.200 unidades.
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Puma GTB: Produzido de 1974 a 1987, aproximadamente 2.500 unidades.
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Puma P-018: Produzido de 1981 a 1985, aproximadamente 1.100 unidades.
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Puma AMV: Produzido de 1988 a 1995, aproximadamente 150 unidades.
Puma nas pistas
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1964: Primeiro lugar no I Grande Prêmio da Argentina com o modelo GT Malzoni (piloto: Rino Malzoni).
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1966: Primeiro lugar no II Torneio Internacional de F-3 em Interlagos com o modelo GT Malzoni (piloto: Mário César de Camargo Filho).
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1967: Primeiro lugar nas 1000 Milhas Brasileiras com o modelo Puma GT (pilotos: Rino Malzoni e Bob Sharp).
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1969: Primeiro lugar no Campeonato Brasileiro de Turismo com o modelo Puma GT (piloto: Jan Balder).
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1971: Primeiro lugar na 24 Horas de Interlagos com o modelo Puma GTE (pilotos: Luiz Antônio Greco e Bob Sharp).
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1973: Primeiro lugar no Campeonato Paulista de Turismo com o modelo Puma GTE (piloto: Jorge Lettry).
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1975: Primeiro lugar no Campeonato Brasileiro de Rali com o modelo Puma GTS (piloto: Jan Balder).
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1978: Primeiro lugar no Campeonato Paulista de Arrancada com o modelo Puma GTB (piloto: Bob Sharp).
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1980: Primeiro lugar no Campeonato Brasileiro de Rali com o modelo Puma GTB (piloto: Luiz Antônio Greco).
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1983: Primeiro lugar no Campeonato Brasileiro de Velocidade na Terra com o modelo Puma GTB (piloto: Jan Balder).
Dificuldades enfrentadas em sua história
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Dificuldades financeiras na década de 70.
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Competição com outras marcas de carros esportivos.
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Crise econômica no Brasil nos anos 80.
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Mudanças na legislação de emissão de poluentes.
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Problemas com fornecedores.
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Questões de gerenciamento interno.
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Falta de inovação em design nos anos 90.
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Redução do mercado consumidor de carros esportivos.
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Problemas na cadeia de distribuição.
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Encerramento das atividades em 1997 devido a problemas financeiros.
Fatos interessantes e curiosidades sobre a Puma
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A Puma começou a produção utilizando motores DKW.
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O nome "Puma" foi escolhido por seu apelo esportivo.
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Os carros Puma foram exportados para mais de 50 países.
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A Puma teve uma breve colaboração com a General Motors.
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O Puma GT foi um dos carros esportivos mais vendidos do Brasil.
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A marca foi revivida várias vezes após o encerramento das atividades.
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Os carros Puma são considerados itens de colecionador.
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A Puma participou de diversos campeonatos de automobilismo no Brasil.
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Os carros Puma eram conhecidos por seu desempenho e design arrojado.
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A marca teve uma forte presença no automobilismo nos anos 60 e 70.
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O Puma GTB era conhecido como o "muscle car" brasileiro.
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A Puma produziu também veículos utilitários e caminhões leves.
Projetos para o futuros:
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Lançamento de uma nova linha de carros esportivos elétricos.
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Expansão da marca para mercados internacionais.
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Desenvolvimento de uma plataforma modular para veículos.
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Parcerias com empresas de tecnologia para carros autônomos.
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Introdução de modelos híbridos na linha de produção.
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Criação de um centro de pesquisa e desenvolvimento para inovação automotiva.





Os fundadores. Da esquerda para a direita:
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Rino Malzoni (20/04/1908-19/07/1979): Advogado e empresário. É conhecido por seu papel fundamental na criação da Puma.
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Mário César de Camargo Filho (09/09/1933): Engenheiro e empresário, trabalhou em várias iniciativas no setor automotivo.
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Jorge Lettry (05/06/1929-20/12/2008): Engenheiro e piloto, trabalhou na Vemag e foi um dos responsáveis pela criação dos carros Puma.
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Anísio Campos (06/03/1933-15/09/2019): Designer e engenheiro, também colaborou com a Willys-Overland do Brasil e Vemag antes da Puma.
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Milton Masteguin: Empresário, envolvido com várias atividades empresariais antes de fundar a Puma.











