BMW - Bayerische Motoren Werke AG
Fundação: 1916 - Munique, Alemanha
Fundadores: Karl Rapp e Gustav Otto
Proprietário: BMW - Bayerische Motoren Werke AG
Sede atual: Munique, Alemanha
Site: https://www.bmwmotorcycles.com
As origens da BMW remontam a três empresas alemãs separadas: a Rapp Motorenwerke, a Bayerische Flugzeugwerke e a Automobilwerk Eisenach. A história do nome começa em abril de 1917, quando Karl Friedrich Rapp, fundador da fabricante de motores para aeronaves Rapp Motorenwerke, mudou o nome de sua empresa para Bayerische Motoren Werke.
O primeiro produto da nova BMW foi o motor de aeronaves BMW IIIa, que era conhecido pela economia de combustível, excelente desempenho e confiabilidade. Esse motor, foi usado com muito sucesso, pelas forças armadas alemãs, o que gerou uma rápida expansão para a marcal.
Após o fim da Primeira Guerra Mundial em 1918, a BMW foi forçada a cessar a produção de motores de aeronaves pelos termos do Tratado de Armistício de Versalhes. Para manter os negócios, a BMW produziu equipamentos agrícolas, utensílios domésticos e equipamentos ferroviários.
Em 1922, o ex-acionista majoritário Camillo Castiglioni comprou os direitos do nome BMW, e a rebatizou como Süddeutsche Bremse AG, conhecida atualmente como Knorr-Bremse. Castiglioni também foi um investidor em outra empresa de aeronaves, chamada Bayerische Flugzeugwerke, herdando a partir de então a motocicleta Helios e uma bicicleta motorizada, chamada de Flink. A história corporativa da BMW considera a data de fundação da Bayerische Flugzeugwerke, 7 de março de 1916, como o nascimento da empresa.
Em 1923, quando as restrições do Tratado de Armistício começaram desaparecer, a BMW pediu ao genial Max Friz, que construísse uma nova motocicleta, e ele criou a fantástica BMW R32, com o famoso motor boxer, que tinha os cilindros projetados para fora do quadro. A produção de automóveis começou em 1928, com a compra da montadora Automobilwerk Eisenach, que produzia desde 1927, o Dixi 3/15, uma cópia licenciada do Austin Seven. Após a aquisição, o Dixi 3/15 tornou-se o BMW 3/15, o primeiro carro de produção da BMW, que daria início a uma longa e vitoriosa série de grandes modelos.
A BMW R32 tinha motor de 486cc com 8,5hp e uma velocidade máxima de 100 km/h. O novo motor apresentava um sistema de cárter lubrificado, que foi utilizado pela BMW até 1969, quando a empresa adotou o sistema de "alta pressão", em uso até os dias de hoje. Esse modelo se tornou a base para todas as futuras motocicletas da marca. Em 1925, a BMW apresentou a BMW R39, uma moto de 250cc e um único cilindro, que não foi bem-sucedida e por isso, descontinuada em 1927. Em 1931, a BMW introduziu uma moto de 200cc, que poderia ser pilotada na Alemanha sem uma licença. Essa moto deu início a uma série de motocicletas monocilíndricas, incluindo a BMW R4 de 400cc em 1932 e a BMW R3 de 300cc em 1936. Em 1937, pilotando uma BMW R17 de 500cc, Ernst Henne, estabeleceu um recorde mundial que permaneceria por 14 anos, atingindo 279,83 km/h.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a BMW R75 foi usada pelo exército alemão, na campanha Norte Africana, com excelente desempenho em terrenos irregulares. Isso fez os engenheiros perceberem que, no deserto, os cilindros externos ao quadro, eram mais eficientes que outras configurações quando aquecidos pelo sol, e levados a condições extremas.
O Eixo cardã, também se saia melhor do que as movidas por correntes ou correias. Sabendo disso, o exército dos EUA pediu à Harley-Davidson, Indian e Delco para produzirem motocicleta semelhante a BMW. A Harley-Davidson, se inspirou no motor e transmissão da BMW para produzir em 1942 a Harley-Davidson XA.
Com o rearmamento alemão na década de 1930, a empresa voltou a produzir motores de aeronaves para a Luftwaffe, e fez amplo uso de trabalho forçado, com civis estrangeiros, prisioneiros de guerra e internos do campo de concentração de Dachau. Durante a Segunda Guerra Mundial, a fábrica de Munique foi bombardeada e praticamente destruída, porém, ao contrário dos relatos populares, as instalações da Alemanha Oriental, não foram desmanteladas pelos soviéticos com intenção de ser remontada em Irbit para fabricação das motocicletas Ural. A licença de uso da planta foi cedida aos soviéticos pela BMW antes da invasão alemã, em junho de 1941, mas a BMW foi proibida pelos Aliados de produzir motocicletas ou automóveis. Durante essa proibição, ela usou equipamentos básicos de segunda mão e recuperados para fazer panelas e frigideiras, suprimentos de cozinha e bicicletas.
Em 1947, a BMW recebeu permissão para retomar a produção de motocicletas e em 1948, apresentou sua primeira motocicleta pós-guerra, a BMW R24. A produção de automóveis foi retomada em 1952, com o sedã BMW 501. Ao longo da década de 1950, a BMW expandiu sua gama de modelos com sedãs, cupês, conversíveis e carros esportivos. Em 1954, o BMW 502 foi o primeiro veículo da marca a usar um motor V8, e para fornecer um modelo acessível, a BMW começou a produção do micro-carro Isetta em 1955.
A primeira moto BMW do pós-guerra foi a BMW R24 de 250cc, produzido em 1948. Ela nasceu da engenharia reversa e algumas melhorias, de projetos antigos Em 1949, a BMW produziu 9.200 unidades desse modelo e em 1950 esse numero aumentou para 17.000. Em 1952, os soviéticos cederam o controle da planta para o Governo da Alemanha Oriental, e na sequência de um processo de marca registrada, esta planta foi renomeado EMW (Eisenacher Motoren Werke) e ao invés do símbolo azul e branco, usou-se um vermelho-e-branco muito semelhante.
Na década de 1950, as vendas de motos despencaram. Em 1957, três dos principais concorrentes da BMW, saíram do negócio, e a empresa que havia vendido 30.000 motocicletas em 1954, nesse ano vendeu menos de 5.500. Em 8 de junho de 1959, John Penton fez o percurso de Nova York para Los Angeles, pilotando uma BMW R69, em 53 horas e 11 minutos, quebrando o recorde anterior, que era de Earl Robinson, era de 77 horas e 53 minutos, sobre uma Harley-Davidson de 740cc. Muitos dizem que esse foi o nascimento da “rivalidade” entre as marcas.
Embora as vendas norte-americanas de motocicletas BMW estivessem fortes, a empresa estava com problemas financeiros, mas com a ajuda de Herbert Quandt e da divisão de automóveis, a BMW conseguiu manter sua marca no mercado das motos.
Entre 1968 e 1969, a BMW exportou motocicletas para os Estados Unidos, onde a aceitação superou as expectativas da empresa. Em 1970, a BMW introduziu uma linha de produtos totalmente renovada, a BMW R50 de 500cc, a BMW R60 de 600cc e a BMW R75 de 750cc. Esses modelos foram fabricados na nova fábrica de motos da BMW em Spandau, Berlim Ocidental, que recebeu a produção de Milbertshofen. Em 1977, a linha de produtos cresceu com a BMW R80, a BMW R90 e a nova BMW R100.
A R100 também contava com uma versão esportiva, a BMW R100S, com carenagem completa, testada em túnel de vento, que produzia 70cv e atingia velocidade máxima de 200 km/h. Em 1979, a R60 foi substituída pela BMW R65 de 650cc, uma motocicleta com 48cv. Essa moto fez muito sucesso entre os “corredores” e deu novo folego financeiro para a empresa.
Em 1982, a Série K, era refrigerada a água e com três ou quatro cilindros montados em linha. Pouco depois, a BMW também começou a fabricar a série F e G, acionadas por corrente, com motores Rotax duplos e paralelos. No início dos anos 1990, a marca alemã atualizou o motor boxer airhead, que ficou conhecido como oilhead. Em 2002, o cabeçote do motor tinha duas velas de ignição por cilindro. Em 2004, um eixo de balanceamento embutido foi adicionada a BMW R1200GS, e aumentou sua capacidade para 1.170cc e 100 hp, um grande ganho se comparado aos 85 hp do BMW R1150GS, sua versão anterior. Variantes mais potentes dos motores oilhead estão disponíveis na BMW R1100S e BMW R1200S, produzindo 98 e 122 hp.
Em 2004, a BMW introduziu a nova BMW K1200S Sports Bike, com motor de 167cv, derivado da parceria da empresa com a equipe Williams de Fórmula 1. As inovações incluíam suspensão dianteira e traseira eletronicamente ajustável e um garfo dianteiro do tipo Hossack que a BMW chama de Duolever. Desde então a empresa segue em um crescente de inovações e uso da mais alta tecnologia em seus produtos.
A BMW utiliza uma nomenclatura de três segmentos para suas motocicletas.
O primeiro segmento indica o tipo de motor, o segundo indica o deslocamento do motor em centímetros cúbicos (exceção para a F 650 GS, que tem um deslocamento do motor de 798cc), e a terceira indica a classe de motocicleta. Os três segmentos são separados por espaços em branco. Uma nomenclatura de 3 segmentos semelhante, também é usada em automóveis BMW. Veja a seguir:
DESLOCAMENTO DO MOTOR EM CC:
Os modelos atuais possuem: 1600, 1300, 1200, 1000, 900, 800, 650 e 450. Modelos anteriores incluem 850, 1100, e 1150. Para as mais velhas deve-se dividir o deslocamento do motor por dez. Por exemplo, K75 = 750 cc. (Foto: BMW R1200GS 1200cc 2015).
ESTILO DA MOTOCICLETA:
C: Cruiser, CS: Classic Sport, G/S: Gelände / Strasse Off-road e Street, GS: Gelände Sport - Off-Road Sport (Enduro), GT: Gran Turismo, LS: Luxo Sport, LT: Luxus Tourer, R: Estrada ou Roadster, RR: Superbike / Corrida, RS: Reisesport, RT: Reise Tourer (Travel Tourer), S: Sport, ST: Sport Tourer, T: Touring.
DETALHES DE FABRICAÇÃO
A: ABS, L: Luxo, P: Polícia, C: Custom, PD: Paris Dakar.
